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quarta-feira, junho 02, 2010

Pois é, tudo acaba... até Lost.

Acabou o Lost. É o que dizem, porque eles me perderam logo na segunda - ou terceira - temporada, portanto eu não vi o último episódio. E é engraçado, porque eu comecei assistindo frenéticamente, super engajado, envolvido com Locke, Sawyer, Kate, Ben e Mr. Ecko. O que acontece é que os náufragos me perderam, não sei se na escotilha, na fumaça preta ou no Rodrigo Santoro. Me perderam.

Mas o mais engraçado é provocar os fãs que não souberam a hora de parar, ou não perceberam que a série acabou muito tempo atrás. Engraçado no mais puro sentido da palavra. Diversão garantida!

Fiz o teste, e não tem erro. Experimentem! Segue um passo a passo pros desavisados: (1) encontre pelo menos dois (ideal mais que três) fãs de Lost (à paisana, não deixe eles desconfiarem do seu plano!); (2) despretensiosamente pergunte: "Vem cá, é verdade que Lost acabou?" (3) deixe a pergunta pairar no ar, e resista aos próximos 45 segundos de tensão silenciosa; (4) começa a diversão... a intensidade vai aumentando, eles começam a falar sobre os personagens preferidos, sobre as relações entre eles, uma emoção coletiva, aquele senso de cumplicidade, "aquele episódio..."; (5) aí solte a bomba: "Mas olha, afinal, o que acontecia na tal ilha?"; (6) pronto! Agora é só se divertir. Cada um, sem exceção, tem uma teoria diferente. Tem a opinião do visionário: "eles estavam sonhando sobre futuros alternativos". A do científico: "viajando no tempo". A do profético: "todos estavam mortos". A do esquizofrênico: "eram duas realidades paralelas". A do romântico: "era tudo sobre a importância da relação humana". Enfim, de purgatório a ursos polares, vale tudo nas próximas seis horas de discussão (pelo menos!). O que me remete ao ceticismo: tudo acaba. Só que tem a hora certa pra acabar. E a minha frustração é ver que os caras tem uma idéia boa e compromisso nenhum com o final dessa história. Na verdade eles não sabem o final. Os fiéis (melhor que fã!) se ofendem, defendem suas teses, criam teorias inacabáveis - e ilusórias! - de qual era a mensagem, mas na verdade não existia mensagem alguma. Existia uma idéia, e os caras foram jogando outras idéias por cima, criando esse frankestein que no final....... não tinha, e mais!, não teve um fim. E ganharam um monte de dinheiro com isso. Já perceberam que novela também é assim? Bom, volto nesse riquíssimo ponto em outro post.

O que eu sei é que esses roteiristas de hoje - de Lost e de novelas - não estudaram na mesma escola que eu. Porque se tivessem estudado lembrariam da Tia Direne dizendo: "Queridos... é uma história... tem que ter início, meio e fim". Lost teve um fim. E faz tempo!

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