Ontem comecei a assistir ao "Alice no País das Maravilhas" do Tim Burton. Tim
Burton, pros desavisados, é um belo de um cineasta, só que virou moda ser "alternativo" e dizer que "adora Tim Burton". Aí, olha que associação: a Disney resolveu contar em forma de filme a Alice, através dos olhos do Tim Burton. Então, produção da Disney dirigida por Tim Burton. Pra completar o frenesi, Johnny Depp, um baita ator, como o Chapeleiro. Vamos revisar: Alice + Tim Burton + Disney + Johnny Depp. Qual o resultado disso... um descontrole generalizado, filas intemináveis, 90% das revistas especializadas (ou não) com a tal Alice - na verdade o Chapeleiro - na capa... um evento. Só que na real o "Alice" de Tim Burton não é o do País das Maravilhas, e sim a união do primeiro livro com o bem mais fraquinho segundo (... Através do Espelho). E o Tim Burton não é - vai lá, desculpem-me os pseudo-intelectuais - um Midas da sétima arte, e o lance dele é a plástica dos filmes, não mais que isso. Quanto ao Johnny Depp, coitado, virou a musa inspiradora do nosso amigo Tim, e foi convidado pra esse samba-do-crioulo-doido. Fez algum dinheiro, mas meio que perdeu uns pontos comigo (e ele devia se preocupar com isso!).
O que interessa, nisso tudo, é que eu dormi antes da metade do filme. Não não, o filme não é ruim (acho!), é bem bonito na verdade, mas se criou uma expectativa tão grande em mim, que a obra não prendeu minha atenção, virei pro lado, e sim: dormi.
Falando
em dormir, e em expectativa, vale quase que o mesmo pro Avatar. Na verdade, à exceção dos espelhos e do Johnny Depp, vale todo o resto. Substitua TB por James Cameron, pinte todo mundo de azul, e era isso. Quase uma hora de sono, e no cinema ainda por cima (o que não é nada confortável). Não sei se você sabe (se é que existe um "você" lendo essa insanidade) mas o Avatar perdeu o Oscar de melhor filme pra outro bem bonzinho, dirigido pela ex-mulher do JC. O que foi lindo! Por duas vezes prometi que não mais assistiria ao Oscar: caso o Avatar ganhasse o prêmio maior, e caso o Senhor dos Anéis não o ganhasse. Continuo assistindo ao Oscar.
E pra fechar a tríade, esses dias comprei um videogame novo (
sim, sou um porco capitalista, e compro o que eu quero!) só pra jogar um jogo. UM jogo. Um amigo diz que chorou jogando, outro que nunca jogou algo tão bom em toda a sua vida, a crítica ovacionou cada pixel do tal jogo, enfim: comprei. O jogo em questão é o God of War 3, uma miscelânea de mitologia e carnificina em altíssima resolução. No fundo, na essência, Kratos continua o mesmo, desde a violência até a jogabilidade. Nada demais.
Minha súplica aqui é a seguinte: não provoquem minha expectativa. Não! Se eu nunca tivesse ouvido falar na tal Alice, eu até que gostaria do filme. Se ninguém tivesse me pedido pra ter fé em um filme com pessoas azuis lutando pelo meio ambiente, eu não teria passado perto do cinema (a menos que as pessoas azuis fossem os Smurfs). E se ninguém tivesse me falado do GoW3 eu... bem, não me arrependi de comprar mais um videogame, então essa expectativa serviu pra algo.
Ninguém me falou nada - nem que chorou, nem que sua vida mudou, nem que era uma obra de arte - e eu consegui me divertir vendo Alvin e os Esquilos 2. E não dormi!
Burton, pros desavisados, é um belo de um cineasta, só que virou moda ser "alternativo" e dizer que "adora Tim Burton". Aí, olha que associação: a Disney resolveu contar em forma de filme a Alice, através dos olhos do Tim Burton. Então, produção da Disney dirigida por Tim Burton. Pra completar o frenesi, Johnny Depp, um baita ator, como o Chapeleiro. Vamos revisar: Alice + Tim Burton + Disney + Johnny Depp. Qual o resultado disso... um descontrole generalizado, filas intemináveis, 90% das revistas especializadas (ou não) com a tal Alice - na verdade o Chapeleiro - na capa... um evento. Só que na real o "Alice" de Tim Burton não é o do País das Maravilhas, e sim a união do primeiro livro com o bem mais fraquinho segundo (... Através do Espelho). E o Tim Burton não é - vai lá, desculpem-me os pseudo-intelectuais - um Midas da sétima arte, e o lance dele é a plástica dos filmes, não mais que isso. Quanto ao Johnny Depp, coitado, virou a musa inspiradora do nosso amigo Tim, e foi convidado pra esse samba-do-crioulo-doido. Fez algum dinheiro, mas meio que perdeu uns pontos comigo (e ele devia se preocupar com isso!).O que interessa, nisso tudo, é que eu dormi antes da metade do filme. Não não, o filme não é ruim (acho!), é bem bonito na verdade, mas se criou uma expectativa tão grande em mim, que a obra não prendeu minha atenção, virei pro lado, e sim: dormi.
Falando
E pra fechar a tríade, esses dias comprei um videogame novo (
sim, sou um porco capitalista, e compro o que eu quero!) só pra jogar um jogo. UM jogo. Um amigo diz que chorou jogando, outro que nunca jogou algo tão bom em toda a sua vida, a crítica ovacionou cada pixel do tal jogo, enfim: comprei. O jogo em questão é o God of War 3, uma miscelânea de mitologia e carnificina em altíssima resolução. No fundo, na essência, Kratos continua o mesmo, desde a violência até a jogabilidade. Nada demais.Minha súplica aqui é a seguinte: não provoquem minha expectativa. Não! Se eu nunca tivesse ouvido falar na tal Alice, eu até que gostaria do filme. Se ninguém tivesse me pedido pra ter fé em um filme com pessoas azuis lutando pelo meio ambiente, eu não teria passado perto do cinema (a menos que as pessoas azuis fossem os Smurfs). E se ninguém tivesse me falado do GoW3 eu... bem, não me arrependi de comprar mais um videogame, então essa expectativa serviu pra algo.
Ninguém me falou nada - nem que chorou, nem que sua vida mudou, nem que era uma obra de arte - e eu consegui me divertir vendo Alvin e os Esquilos 2. E não dormi!

Oi...Ontem estava comentando com uma amiga justamente esse teu "post" expectativa...Nós criamos uma expectativa nas "cousas"hehehehe,e olha que não sou nada otimista,e geralmente vem a decepção.
ResponderExcluirAcho que serei uma leitora fiel aos teus post.
Abraço!
Eu concordo contigo e te confeço que gosto de pôr à prova minhas expectativas positivas. Mas quando a crítica é negativa, levando em conta livros (gosto muito de ler) te digo que não descanso enquanto não consigo ler alguma obra que alguém me descreva como sendo "ruim". Prefiro "não acreditar" e ver com os meus próprios olhos... Sabe que nestes casos têm dado certo!! Hehehe!! Acho que isto deve ser o contrário de expectativa... que nome se deve dar???
ResponderExcluirGosto do jeito como escreves, bem diferente do chá de camomila, mas com certeza atrai minha atenção e interesse!!
Abração!!!