Vírgula...

Bom, vamos às apresentações. Minha parceira-de-crime já tomou a frente e é minha vez. Eu tenho minhas esquisitices, como todo mundo. Talvez mais que todo mundo. Tenho obsessão por videogames, por filmes impopulares, por músicas melancólicas e por vírgulas. Não sou boa companhia, na maioria das vezes. Não tenho paciência com pessoas, não tenho saco pra politicagens, sinto saudade dos gibis, e com meu violão na mão consigo ser pior ainda. E aqui vou escrever sobre isso, e sobre outras coisas. Sobre contra-cultura, sobre subversão e sobre mediocridade. O que não esperar dessa coisa aqui: não vou escrever com o dicionário embaixo do braço, e por isso não espere ler aquelas coisas intelectualóides que soam bonitinho, como “procrastinar” e “subserviência”. Não estudei tudo isso, e acho chato. Não vou escrever sobre música emo, porque não acho tão ruim assim, e não vou escrever sobre trabalho (acho!), porque pra mim é uma das poucas coisas nas quais ainda acredito profundamente. Mas aí vem a pergunta: por que ler minhas maledicências? Não sei. Não sei como você veio parar aqui, e recomendo que se você gosta do cotidiano, da beleza de viver e de pessoas e suas peculiaridades, leia as linhas que minha cúmplice escreve. Porque aqui, nas minhas linhas, você não vai encontrar isso. Eu diria que você vai encontrar o contrário disso, porque somos protagonistas de um grande antagonismo. Sabe aquela porcaria de malva que mandam você bochechar quando tem algo na boca, pra cicatrizar, pra evitar infecção ou só pra te sacanear mesmo? Pois é... esse chá sou eu.